Por Thiago Martins / Portal 730

Depois de Elcimar desperdiçar um pênalti no 1º tempo, jogadores que saíram do banco na etapa final salvaram o time colorado da degola. Destaque para Hugo, Gustavinho e Cláudio, que mostraram porque a base do Vila merece ser respeitada.

Quem acompanha o futebol goiano sabe da máxima que ronda o Vila. Aquela que diz “Tudo para o Vila é mais difícil, mais custoso, na base da emoção”. Não podia ser diferente em um dos jogos mais importantes da história colorada,... Abrir crônica

Por Thiago Martins / Portal 730

Depois de Elcimar desperdiçar um pênalti no 1º tempo, jogadores que saíram do banco na etapa final salvaram o time colorado da degola. Destaque para Hugo, Gustavinho e Cláudio, que mostraram porque a base do Vila merece ser respeitada.

Quem acompanha o futebol goiano sabe da máxima que ronda o Vila. Aquela que diz “Tudo para o Vila é mais difícil, mais custoso, na base da emoção”. Não podia ser diferente em um dos jogos mais importantes da história colorada, mas dessa vez com ingredientes especiais. Com a estrela do técnico Hermógenes Neto, cria do Vila, com show de Hugo, Gustavinho e Cláudio, todos da base do Vila, o time colorado venceu por 3 a 0 e salvou do vexame que seria o rebaixamento.

Os gols (golaços, na verdade) foram marcados por Thiago Marin, Gustavinho e Cláudio, todos que saíram do banco de reservas. Destaque para Hugo, que foi titular e mostrou personalidade, provando que a base do Vila Nova deveria ser levado em conta pela diretoria.

O Jogo
Mesmo com o público abaixo do esperado, a torcida colorada fez festa nas arquibancadas com a entrada do time e inflamou os 11 titulares. Logo no apito inicial, o Vila foi para cima e a primeira chance pintou aos 40 segundos, com Osmar chutando de esquerda, rasteiro, mas a bola passou à direita do gol. O Rio Verde fazia o jogo dele: cozinhava o Tigre e buscava algumas saídas esporádicas para assustar o gol de Toni.

Na primeira chance do Verdão do Sudoeste, aos 17min, Leandro Carrijo subiu no meio de três defensores e cabeceou, mas Toni defendeu com tranquilidade. O sofrimento foi aumentando a cada segundo, principalmente porque o time colorado não conseguia criar boas chances. Aos 21min, Thiaguinho cruzou da direita, Leandro ajeitou e Laionel chutou forte, mas a bola subiu, para alívio colorado.

Por falar em alívio, o torcedor colorado sentiu mesmo aos 35min, quando em jogada bem trabalhada, Marco Aurélio saiu na cara do gol e foi derrubado por Betão. Pênalti e cartão amarelo para o zagueiro. Parecia a sorte do Vila de sempre se safar voltando, mas a verdade é que o azar se manteve. O Vila foi do céu ao inferno quando Elcimar bateu fraco e Elisson, goleiro do Rio Verde, cresceu e espalmou no canto esquerdo. A torcida se calou na arquibancada e o Vila esperou o fim do 1º tempo para buscar motivação no vestiário.

2º tempo
A parte triste e vergonhosa não abandonou o Vila no intervalo. Aquilo que já vem se tornando praxe, as duas facções da torcida do Vila voltaram a brigar entre si até mesmo enquanto a bola rolava. Em campo, o Vila voltou bem melhor e começou a pressionar o Rio Verde desde os nove minutos do 1º tempo. Aos 11, Hugo lançou em profundidade para Elcimar, que tentou enfeitar demais e foi desarmado por Elisson. Reparando o bom momento, Hermógenes Neto mexeu: sacou o inoperante Chiquinho, vaiado, para a entrada de Thiago Marin. E que estrela teve Hermógenes Neto. E que salvador foi o Thiago.

Aos 18 minutos, o canhoto que tinha a 15 nas costas pegou a bola na intermediária e sem marcação, acertou um chute que nem o torcedor mais colorado acreditou. A bola entrou no ângulo direito e Elisson nada pôde fazer. Foi o que faltava para começar a festa da torcida mais sofrida nas arquibancadas. Marco Aurélio quase aumentou aos 20, mas o chute cruzado raspou a trave esquerda.

O Rio Verde mostrava que não tinha mais pernas, e tudo piorou aos 30min, quando Gustavinho, que também entrou no time, saiu na cara do gol e o goleiro Elisson, último homem, fez falta fora da área e foi expulso. Na cobrança, Thiago Marin acertou a trave direita. Logo na sequência, aos 32, a base do Vila mostrou porque deveria ter sido levada a sério no campeonato: Hugo fez jogada no meio e serviu Gustavinho, que num chute cruzado de rara felicidade, acertou o ângulo direito.

O gol fez a emoção transbordar no Serra Dourada, mas não era o toque final. O toque final só veio aos 44, quando Cláudio, outro que saiu do banco de reservas, surgiu na cara do gol e, na tranquilidade, tocou no canto esquerdo de Jean Carlos. Com o placar fechado, Wilton Pereira Sampaio apitou o fim do jogo, o Vila se salvou e o Rio Verde acabou rebaixado. Fechar crônica